terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Randomicidades do mês: janeiro/2018

Primeiras Randomicidades do Mês de 2018!

Livros


Os mil outonos de Jacob de Zoet – David Mitchell
Em 1799, Jacob de Zoet é um escriturário holandês trabalhando em Dejima, ilha artificial em Nagasaki, único local do Japão acessível aos estrangeiros na época. Afastado da terra natal e cercado por uma cultura completamente diferente da dele, ele se apaixona por uma jovem parteira. Acho a Era Tokugawa um período fascinante da história do Japão, e esse foi um dos motivos que me levou a ler esse livro. Apesar dos bons personagens, achei o livro um tanto monótono em alguns momentos, e as quebras na trama me frustraram um pouco. Confesso que preferiria ler um livro centrado na parteira, porque achei a história dela a mais interessante, mas não podemos ter tudo.
Nota: 3,5


O livro do travesseiro – Sei Shonagon
Escrito no século X por uma dama da corte, o livro reúne textos curtos com observações e pequenos causos da vida no período Heian. Com um estilo poético e o olhar aguçado, a autora narra sobre os trajes da época, as festividades, a beleza das flores, as conversas entre as damas e os nobres e outras coisas, sem poupar o sarcasmo quando necessário.
Nota: 3,5


O histórico infame de Frankie Landau-Banks – E. Lockhart
Quando Frankie descobre que seu namorado é o líder de uma sociedade secreta em que ele e seus amigos nunca a deixariam entrar, ela põe seu cérebro inventivo em uso para criar pegadinhas surpreendentes e provar que ela é muito mais que um rostinho bonito. O livro é divertido, mas ele falhou em mostrar o namorado de Frankie e seus colegas como personagens minimamente interessantes. Na maioria do tempo eu achava as atitudes da Frankie bestas porque eu não conseguia entender porque ela queria conquistar o respeito de caras tão bestas (e em geral eu não gosto de pegadinhas e coisas semelhantes).
Nota: 3,25


Confissões – Kanae Minato
Assisti ao filme faz uns dois anos, e acho que isso prejudicou um pouco minha apreciação pelo livro, porque é o tipo de história cheia de reviravoltas que fica melhor quando você não sabe nada sobre ela. De qualquer forma, é um bom livro com personagens insanos e com moral dúbia, narrado de diferentes pontos de vista.
Nota: 3,5


Dez de dezembro – George Saunders
Depois de ler muitos elogios ao autor, eu esperava mais desse livro de contos, que achei meio esquecível. Eu também esperava histórias mais realistas, pé no chão, e me surpreendi ao ver alguns elementos quase de ficção científica aqui e ali (não que isso seja ruim). Ainda tenho curiosidade em ler outras obras do autor, mas minhas expectativas já estão devidamente baixas.
Nota: 3


Ferdydurke – Witold Gombrowicz
Clássico da literatura polonesa em que um homem é forçado por um professor a voltar à escola e aos anos de imaturidade da adolescência. É um livro bastante bem-humorado, sarcástico e cheio de situações absurdas. Achei meio arrastado em alguns momentos, mas muito divertido em outros.
Nota: 3


O peculiar – Stefan Bachmann
Em uma sociedade em que fadas e humanos convivem (com alguma tensão), os mestiços, chamados de Peculiares, são estigmatizados. Barthy é um Peculiar e vive escondido em casa, com medo de ser descoberto. Porém, ao ouvir sobre o misterioso aparecimento de corpos de Peculiares no Tâmisa e testemunhar um acontecimento estranho na casa da frente, ele acaba envolvido em uma trama perigosa. O livro é o primeiro de uma série (que não pretendo continuar) e, talvez por isso, ele tenha um desenvolvimento lento demais para o meu gosto. Sinto que pouco ocorreu até as páginas finais.
Nota: 2,75

Séries e animes


Wakako-zake
Anime curtinho sobre uma mulher que vai a restaurantes para sentir o pequeno prazer de comer comidas deliciosas. É despretensioso e aconchegante. Dá vontade de experimentar vários dos pratos, mesmo sabendo que na vida real eu provavelmente não gostaria deles.
Nota: 3,5


Alias Grace
A série sofreu o mal de eu assisti-la com o livro ainda fresco na mente, mas é uma série muito bem-feita, com boas atuações e tal.
Nota: 3,5


Fushigi no Umi no Nadia
Esse anime é livremente baseado no livro 20.000 léguas submarinas do Jules Verne, que eu não li, então não sei dizer o quanto eles são parecidos. Ele conta a história de uma garota que não conhece sua origem e de um jovem inventor que vão parar em um submarino misterioso, onde vão aprender mais sobre si mesmos e combater um grupo maligno. O anime é dirigido pelo Hideaki Anno, diretor de Neon Genesis Evangelion, e apresenta muitas características que surgiriam mais tarde em Eva. Nadia é uma série de aventura divertida, com alguns momentos mais reflexivos e personagens engraçados, mas tem problemas de ritmo, principalmente nos fillers da metade final, que tomam um rumo muito diferente do resto dos episódios. Foi um exercício de paciência aguentar alguns desses episódios, mas a jornada até que vale a pena.
Nota: 3

Comecei a ver: The Good Place, Otogizoushi, Card Captor Sakura: Clear Card-hen

Filmes


Corra!
Todo muito falou muito desse filme, eu criei expectativas e... não gostei tanto quanto esperava. Ainda é um filme bom e diferente da maioria, mas imaginei que seria algo muito mais marcante e surpreendente.
Nota: 3,5


As crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
Aproveitei uma tarde tediosa na casa do meu avô para rever esse filme na Sessão da Tarde. Nunca fui grande fã dos filmes de Nárnia, mas foi uma experiência bem nostálgica ver o filme, que acabei gostando mais do que esperava, haha. Coisas que o tédio faz...
Nota: 3,5


La La Land
Filme fofo. Depois de ver alguns programas de patinação com a trilha sonora, acabei me apegando às músicas e consegui apreciar essa parte do filme (em geral não gosto de musicais), mas a história em si não me conquistou tanto.
Nota: 3,25


Eu, Tonya
Não acompanhava patinação na época da polêmica da Tonya Harding, então não sei muito sobre o caso além das obviedades. Achei o filme interessante, bem dinâmico, com boas atuações, mas achei que eles tentaram demais mostrar a Tonya como vítima, o que eu não sei se é bem verdade (não acho que ela é vilã também, mas dava para mostrar ela num meio-termo, não dava?).
Nota: 3,5


Belladonna of Sadness
Animação japonesa de 1973 sobre uma camponesa estuprada pelo barão local. Traumatizada, ela faz um pacto com um demônio, o que a leva a ser acusada de bruxaria e expulsa do vilarejo. O filme é uma mistura de conto medieval com psicodelia, e a arte, incrivelmente bela com seus tons aquarelados, faz o filme valer a pena.
Nota: 3,75

Compras


Comprei o This One Summer de presente de aniversário atrasado para a minha irmã e aproveitei e comprei O homem que passeia, que quero ler faz tempo, e My Lesbian Experience with Loneliness, sobre o qual ouvi muita gente falar bem.

2 comentários:

  1. Ainda não consegui ler “O livro do travesseiro” (Ç_Ç). Espero conseguir esse ano ou no próximo.
    Eu adorei a série “Alias Grace”. Houve algumas mudanças (previsíveis em adaptações), mas achei bastante fiel ao romance.
    Assisti Nadia, mas já faz tempo. Nem lembro direito, só sei que achava simpático (>_<).
    Concordo que em “Eu, Tonya” tentaram melhorar o lado dela, mas acho que o filme mostra mais sobre a politicagem da patinação. Ela, uma moça de origem humilde, de família desestruturada e barraqueira, não faz a imagem da patinadora graciosa. Mesmo Tonya sendo muito boa, ela não era bem vista pela instituição. Por isso que no julgamento a pena dela foi tão dura; queriam exclui-la por completo da patinação e aproveitaram a oportunidade.
    Ótimas aquisições! Eu estou doida pelo mangá “O homem que passeia” (*-*).
    Beijos, Lígia!

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    1. "O livro do travesseiro" fica melhor se lido aos pouquinhos (infelizmente não pude fazer isso porque peguei o livro na biblioteca).
      Também achei "Alias Grace" bem fiel ao livro.
      Quanto a "Eu, Tonya", eu não acompanhava patinação na época e concordo com você que a politicagem na patinação tem dessas de valorizar certos padrões, mas lendo comentários de fãs de patinação, o filme parece exagerar na visão de que a Tonya era tão prejudicada pelos juízes.
      Beijos!

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